Nos últimos dias tenho praticado mais fazer negativos de vidro em placa úmida de colódio para então positivá-los em papel de albúmen. Este é o procedimento utilizado na série de fotografias de 1862 feitas por Militão de São Paulo. A bem da verdade, já tenho feito alguns negativos ao longo dos últimos anos, mas nunca de forma mais frequente.
Os negativos de colódio úmido podem ser feitos de três maneiras diferentes para se atingir a densidade e contraste necessárias para uma boa cópia em papel de albúmen. O modo ideal é conseguir já a densidade ideal com a exposição correta e uma revelação. Caso não consiga a denside de primeira, é possivel ainda aumentar a densidade por intensificação ou re-revelação (redevelopment).
Intensificação: alvejar o negativo e tonalizá-lo
Re-revelação: após o fixador, realogenar com iodo e revelar novamente com adição de prata
As minhas tentativas anteriores foram todas com o uso de uma re-revelação, já que eu não conseguia a densidade desejada de primeira. Existe uma discussão atual se é melhor conseguir a densidade de primeira ou apenas uma densidade próxima e depois fazer uma segunda revelação com mais controle, principalmente quando a fotografia é com laboratório móvel. Porém, nos manuais antigos, é mais comum achar a recomendação de fazer o negativo em uma revelação apenas e deixar outras manipulações para casos de necessidade.
Meus testes agora são então com o objetivo de conseguir um bom negativo de primeira. Pedi algumas dicas ao Mark Osterman e ele explicou um pouco melhor o que eu devo tentar fazer com os químicos e exposição. Assim, fiz duas tentativas aumentando o tempo de exposição e de revelação com adição de açucar branco.
A primeira tentativa até que foi bem, mas o negativo ainda ficou um pouco suave para processos POP (impressão por exposição). Na segunda tentativa aumentei ainda mais o tempo de exposição e acho que consegui bons negartivos. Só da pra saber quando tentar imprimir no papel de albúmen. Tentei só com os primeiros negativos e a cópia ficou com pouco contraste, o que telvez seja contornável expondo o papel em uma sombra mais fraca.
Aliás, no último mês fiz minha primeira tentativa com papel de albúmen. Parece que deu certo. Infelizmente albuminizei poucas folhas antes de estragar o albumen colocando um “photo-flo” alternativo e inadequado. Irei fazer um novo lote para continuar os testes.
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